terça-feira, 27 de agosto de 2013

Celibato sacerdotal

"Quisera que todos os homens fossem como eu. Mas cada um recebe de Deus seu dom particular; um, deste modo; outro, daquele modo." (1Cor 7, 7)

A passagem acima ilustra de forma bem concreta a diversidade de dons que o Senhor concede a cada filho seu. A uns ele concede a vocação matrimonial, a outros a vocação religiosa ou sacerdotal. Antecipação do Reino de Deus, assim podemos definir a vocação religiosa. As pessoas que decidem viver dessa maneira antecipam o céu pois lá viveremos plenamente os conselhos evangélicos, por assim se dizer.

Para começo de conversa, nossos sacerdotes vivem a castidade seguindo o exemplo do próprio Jesus Cristo. E depois, é nosso dever relembrar que a família do sacerdote é a própria comunidade. Por esse motivo, o consagrado ao sacerdócio dá atenção plenária à comunidade, seus "filhos espirituais". O padre é a pessoa escolhida por Deus para acompanhar as suas ovelhas. Prova disso é o exemplo que nós observamos todos os dias: quantos sacerdotes são enviados aos extremos do mundo para anunciar o Evangelho? É válido e salutar relembrar que a decisão é sempre livre e pessoal. O candidato escolhe sua "família". 

"Eu quisera que estivésseis isentos de preocupações. Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma, a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido. Digo-vos isto em vosso próprio interesse, não para vos armar cilada, mas para que façais o que é digno e possais permanecer junto ao Senhor sem distração." (1Cor 7, 32- 35)

A passagem acima nos mostra de maneira clara como se dá a solicitude vocacional em ambos casos: na vocação matrimonial ou sacerdotal. Retornando, no entanto, à vocação sacerdotal, gostaríamos de expor quão bonita é a vocação daqueles que escolhem viver inteiramente para Deus, com toda solicitude e amor ao Evangelho. Para que nós entendamos melhor, faremos uma comparação: um pastor protestante e um sacerdote católico. O pastor protestante, na maioria dos casos é casado, e por esse motivo não pode, mesmo que queira, dar atenção total à sua comunidade. O sacerdote, por outro lado, vive na comunidade. Sua casa é a Igreja e sua família são os comunitários. 

E quanto aos votos que o consagrado faz, é bom relembrar que os mesmos são feitos por vontade própria, não por imposição. Somente se torna um sacerdote aquela pessoa que se sentiu chamada pelo Senhor e generosamente respondeu: "Sim. Eis-me aqui, Senhor!" 

  Jesus acrescentou: "Nem todos são capazes de compreender essa palavra, mas só aqueles a quem é concedido: Com efeito, há eunucos que nasceram assim, do ventre materno. E há eunucos que foram feitos eunucos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem tiver capacidade para compreender, compreenda!" (Mt 19, 11-12)

Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica acerca da castidade, nº 2349: 

"A castidade há de distinguir as pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida: umas na virgindade ou no celibato consagrado, maneira eminente de se dedicar mais facilmente a Deus com um coração indiviso; outras, de maneira como a lei moral determina, conforme forem casados ou celibatários”.

Gostaria ainda de convidá-los à oração. Este é, sem dúvida, o melhor presente que nós podemos dar aos nossos sacerdotes. Que nós possamos agradecê-los pedindo ao Senhor muitas bênçãos para todos eles. É nossa obrigação, enquanto comunidade e povo de Deus rezar por aqueles que trazem o próprio Deus até o nosso coração através da comunhão. Retribuamos tanto amor com gratidão! 



"O Padre é o amor do Coração de Jesus." (São João Maria Vianney)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Santa Igreja: Católica e Apostólica!

Antes de tudo, começamos analisando o nome CATÓLICO. Este termo vem do grego e significa universal. Logo entendemos - e isto é um fato confirmado, é válido e salutar relembrar - que a Igreja está no mundo inteiro. Encontra-se, ainda, nos lugares mais hostis, onde o cristianismo não é aceito. A Igreja é universal a pedido de seu fundador Divino, Jesus Cristo: "E disse-lhes: 'Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura'." (Mc 16, 15). Seguindo o conselho evangélico, os Apóstolos confirmaram com um gesto de obediência o seu pedido: "Ora, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. E eles saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam." (Mc 16, 19-20).

  
A Igreja é Apostólica pois possui espírito missionário: foi criada por Jesus Cristo e a seu pedido foi e continua sendo, sob a Luz do Espírito Santo, guiada por seus enviados (Apóstolos) até os dias de hoje graças à Sucessão Apostólica, como já nos ficou claro. No entanto, merece ênfase: "De fato, não só se rodearam de vários colaboradores no ministério, mas, para que a missão a eles confiada tivesse continuidade após a sua morte, os apóstolos, como que por testamento, incumbiram os seus cooperadores imediatos de terminar e consolidar a obra por eles começada, recomendando-lhes que atendessem toda a grei, na qual o Espírito Santo os havia estabelecido para apascentarem a Igreja de Deus. (cf. At 20, 28). [Lumen Gentium, 20, parágrafo 2]. Em síntese, a sucessão apostólica garantiu essa autoridade aos nossos Pastores: primeiramente à cabeça do colégio episcopal, o Romano Pontífice e depois aos Bispos espalhados pelo mundo inteiro. Pela imposição das mãos, foi passada essa autoridade que o Espírito Santo conferiu à  sua Igreja e que ainda hoje, depois de dois milênios, continua sendo confirmada. É uma coesão de dois mil anos, é algo realmente magnífico!